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É o segundo mês consecutivo de queda de vendas no varejo no estado


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, hoje (10), a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), referente ao mês de outubro/2020. A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país.

Comércio Varejista e Comércio Varejista Ampliado no Brasil

No mês de outubro de 2020, em comparação com o mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal, o índice de volume de vendas do comércio varejista não ampliado, que inclui 8 setores da atividade econômica comercial, no Brasil, teve alta de 0,9%. É o sexto mês consecutivo de aumento de vendas. Todavia, nos dois últimos meses, o ritmo do volume de vendas tem diminuído em comparação com os meses de maio a agosto, nessa base de comparação no tempo.  

Quando se trata do comércio varejista ampliado, em que estão somados dados que envolvem além das oito seções da atividade do comércio varejista não ampliado, mais dois setores, que são 1) veículos/motos/parte/peças e 2) material de construção, o volume de vendas em outubro, no cotejamento com setembro, avançou 2,1%, sendo que o primeiro setor aqui citado teve alta de 4,8% e o segundo, de 0,2%. Das dez atividades do comércio, varejista não ampliado mais varejista ampliado, em apenas um houve recuo nessa base de comparação temporal: móveis e eletrodomésticos, -1,1%. Maiores elevações nas vendas, foram detectadas nas seguintes atividades: tecidos/vestuário/calçados e livros/jornais/revistas/papelaria, ambos com alta de 6,6%; e veículos/motos/partes/peças, 4,8%. Essa última atividade comercial desde maio vem apresentando variações positivas no volume de vendas, embora com taxas positivas cada vez menores, após os tombos de março (-37,1%) e abril (-36,2%). 
 
 

Quando se compara o volume de vendas do mês de outubro de 2020 ao volume de vendas ocorrido em outubro de 2019, sem ajuste sazonal, houve aumento no volume de vendas no comércio varejista não ampliado, na ordem de 8,3%. Nessa base de comparação temporal, tem havido nos últimos cinco meses crescentes aumentos: junho, +0,5%, julho, +5,5%, agosto, +6,2%, setembro, +7,3%, e, agora em outubro, +8,3%. Isso sinaliza que o 2º semestre de 2020 tem tido uma performance melhor do que o 2º semestre de 2019.  Observando-se o comércio varejista ampliado, nessa mesmo indicador de base  temporal (outubro 2020/outubro 2019), o volume de vendas aumentou 6,0%, variação essa menor do que a do mês anterior, setembro, 7,4%. Nessa base de comparação no tempo, material de construção teve alta de 20,9%, enquanto veículos/motocicletas/partes/peças ainda patina com números negativos desde o mês de março, sendo que desta feita, a queda foi mais intensa, -5,9%, do que a detectada no mês anterior (set.2020/set.2019), -1,6%.

No acumulado do ano (comparação entre janeiro a outubro de 2020 com janeiro a outubro de 2019), o comércio varejista não ampliado, em outubro, +0,9%, retoma uma trajetória de alta, pois o último mês em que nessa base de cotejamento no tempo tinha havido variação positiva, tinha sido no mês de março: 1,6%. No que concerne ao comércio varejista ampliado, esse índice temporal ficou ainda negativo (isso vem desde abril/2020), com taxa de -2,6%. Olhando os números a partir de maio desse ano, quando a taxa foi de -8,8%, percebem-se constantes recuos nas taxas negativas.

Observando as 10 atividades comerciais monitoradas pela PMC do IBGE, em cinco houve, no acumulado do ano, volume de vendas positivo, com maior variação nas atividades comerciais de móveis e eletrodomésticos, 10,8%, e material de construção, 9,4%. Quedas mais intensas, até o momento, têm sido notadas nas seções livros/jornais/revistas/papelaria, -30,7%, e tecidos/vestuário/calçados, -27,6%. 

Ver tabela abaixo:
 

O comércio varejista não ampliado, no acumulado de 12 meses, findo em outubro de 2020 (novembro de 2019 a outubro de 2020 cotejado com novembro de 2018 a outubro de 2019), a taxa de crescimento no volume de vendas estava na casa de 1,3%, avançando em relação ao mês anterior, 0,9%, que já tinha sido maior que o mês de agosto, 0,5%. O comércio varejista ampliado, por sua vez, nessa base temporal de cotejamento, teve seu volume de vendas ainda em queda, -1,4%, mesmo valor dos 12 meses fechados em setembro. A atividade comercial veículos/motocicletas/partes/peças teve um recuo no volume de vendas acumulado nos últimos 12 meses na casa de 12,8% e, no caso do material de construção, alta de 8,6%.

Comércio Varejista e Comércio Varejista Ampliado no Maranhão

Em relação ao Maranhão, no mês de outubro de 2020, frente a setembro/2020, com ajuste sazonal, houve recuo no índice de volume de vendas do comércio varejista não ampliado na casa de 0,3%, variação essa menor que a detectada no mês de setembro. Em setembro, o Maranhão teve segundo maior recuo dentre todas as 27 Unidades da Federação (UFs).  Essas duas variações negativas no volume de vendas nessa base de comparação temporal, setembro e outubro, ocorreram depois de quatro meses consecutivos de aumento, maio a agosto, sendo que, em junho, o avanço, no Maranhão, foi de 29,7%. Maiores avanços, em outubro, foram obtidos nas UFs da BA (3,5%), e PI (3,1%). Olhando o comportamento do comércio sob o ângulo do ampliado, no Maranhão, houve, também, recuo no volume de vendas nessa base de comparação no tempo, desta feita de -0,6%. Nove UFs tiveram variação negativa, sendo que as maiores retrações no volume de vendas do comércio varejista ampliado ocorreram no PA e no AC, ambos -0,9%, e ES, -2,9%.

Em relação ao índice que compara mês/mesmo mês do ano anterior (outubro de 2020/outubro de 2019), no Maranhão, foi detectado avanço no volume de vendas de 17,8%, terceira maior taxa dentre as 27 UFs, sendo superado apenas pelo PI (+23,0%) e AC (18,2%). Mesmo com a queda de outubro/2020 nas vendas comparadas com mês de setembro/2020 (-0,3%), conforme vimos no parágrafo acima, o comércio varejista não ampliado do Maranhão, a partir dos meses do segundo semestre de 2020, tem apresentado números melhores do que os meses do segundo semestre de 2019. Como não se tem dados separados por ramo do comércio para Maranhão, não dá para saber qual mais contribuiu para esse avanço.

Observando o comércio varejista ampliado, mesmo tendo recuo na comparação outubro/2020 com setembro/2020, -0,6%, quando se coteja outubro 2020 com outubro de 2019, houve ampliação no volume de vendas na casa dos 17,4%, quarta maior taxa dentre as 27 UFs. Melhores performances foram detectadas em RO (18,6%), AM (18,2%) e AP (17,5%).

Abaixo, gráfico com dados para Brasil e Maranhão na base de comparação temporal mês/mesmo mês do ano anterior, para o comércio varejista não ampliado e o comércio varejista ampliado. 

Na base comparativa no ano, isto é, o volume de vendas de janeiro a outubro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, o Maranhão apresentou uma taxa positiva no volume de vendas do comércio varejista não ampliado na casa de 6,9%, acima da média Brasil, a qual, como registrado acima, foi de 0,9%. O Maranhão, no ano de 2020, só tem menor variação que a UF do PA (8,0%). Onze UFs tiveram volume de vendas negativo, sendo que as maiores foram observadas no DF (-5,0%) e no CE (-7,9%). No caso do comércio varejista ampliado, o Maranhão teve um volume de vendas até o momento, em 2020, superior ao ano de 2019, na ordem de 4,1%, bem superior à média Brasil: -2,6%. Nessa base de comparação, o Maranhão teve a 5ª melhor posição dentre as 27 UFs, sendo superado pelo TO (7,9%), PA (7,1%), AM (6,2%) e RR (4,3%). 
Quanto ao acumulado nos últimos 12 meses (novembro de 2019 a outubro de 2020 cotejado com novembro de 2018 a outubro de 2019), o índice de volume de vendas do comércio varejista não ampliado no Maranhão teve alta de 5,6%, número esse acima da média nacional: +1,3%. Nessa base de comparação, o Maranhão foi superado apenas pelo PA (7,8%), AM (7,3%), SC (6,2%) e PB (6,0%). No gráfico abaixo, veremos o comportamento do comércio varejista não ampliado ao longo de uma série iniciada em outubro de 2019.

Quando se observa o comércio varejista ampliado, nessa mesma base de cotejamento no tempo, o Maranhão teve volume de vendas aumentado em 3,2%, acima da média Brasil, que teve taxa negativa de 1,4%. No ano de 2020, nessa base de comparação no tempo, de fevereiro a agosto, o Maranhão vinha apresentando volume de vendas com taxas negativas e a partir do mês de setembro reconverteu a trajetória da curva, passando a apresentar variações positivas. Aliás, 12 UFs tiveram volume negativo de vendas nessa mesma base de cotejamento, sendo que as quatro UFs, com números mais reduzidos foram: DF (-4,5%), SE (-5,1%), CE (-5,6%) e BA (-6,0%).
 
Nota: para mais detalhes da PMC, consultar o seguinte endereço:  https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/comercio/9227-pesquisa-mensal-de-comercio.html?=&t=o-que-e

Nota: os índices do mês poderão ser alterados na divulgação do mês subsequente, em virtude de retificações nos dados primários por parte dos informantes da pesquisa.

Nota: não há dados por atividade econômica do comércio para Maranhão e mais 14 UFs. 

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