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A desembargadora Angela Salazar, proferiu uma palestra durante a live 'Mulheres Negras e o Sistema de Justiça', promovida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por meio do Comitê de Promoção da Igualdade de Gênero. A palestra foi realizada em comemoração ao mês da Consciência Negra.

No encontro, a desembargadora discorreu sobre o racismo no Brasil. “Sabemos que o racismo em nosso país tem suas raízes profundas no ideário do colonialismo europeu, constituído a partir da submissão escravocrata de povos negros africanos, do patriarcado, da cultura do machismo, historicamente construídos em nossa sociedade”, afirmou a desembargadora.

A magistrada afirmou que a lógica racista e preconceituosa cria obstáculos à democracia racial e citou pesquisa publicada, em setembro de 2021, pelo Conselho Nacional de Justiça sobre negros e negras no Poder Judiciário, na qual foi constatado que num universo de quase 18 mil magistrados, as mulheres negras representam no 1º Grau apenas 16,3% como juízas substitutas e 11,2% como juízas titulares.

Já no 2º Grau, as mulheres negras representam apenas 12,1% de desembargadoras (45), em 91 tribunais. Com relação às servidoras negras, apenas 24, 2% exercem cargos de chefia, enquanto que 73,8% de servidoras brancas possuem o mesmo cargo.

A desembargadora é natural de São Luís Gonzaga do Maranhão, sendo filha de Benedito Salazar e de Maria da Conceição Moraes Salazar. Seu irmão, o advogado Bismarck Salazar, é uma figura atuante no cenário político da região. Ângela construiu uma carreira brilhante na área jurídica, representando a figura da mulher negra e da mulher magistrada que há muitos anos não integrava a corte eleitoral maranhense na categoria de desembargadora. 

Exerceu a atividade de delegada de polícia, concursada, em 1982 e 1983, quando foi aprovada no concurso para promotora de justiça, cargo que ocupou até 1986 no Ministério Público estadual.

Ainda em 1986, foi aprovada e nomeada, em 4 de dezembro, juíza de direito. Tomou posse como titular da comarca de Vitória do Mearim. Atuou na comarca de Barra do Corda (1991-1992) e participou da implantação da comarca de Açailândia, tornando-se a primeira juíza e diretora do Fórum, em 1992. No ano seguinte obteve remoção para a comarca de Pedreiras.

Foi promovida à comarca de São Luís em 1996, como juíza auxiliar da 1ª Vara da Infância e da Juventude, acumulando também a mesma atribuição na 2ª Vara de mesma especialização.

Trabalhou ainda no 1º Juizado Criminal da capital e foi juíza auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça por dois biênios, de 2002 a 2005.

Implantou, em dezembro de 2005, a 11ª Vara Criminal de São Luís, com competência para processar e julgar crimes contra crianças e adolescentes.

Foi coordenadora do Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais do TJMA em 2006 e 2007, e retornou para a 11ª Vara Criminal, onde permaneceu até novembro de 2008, quando obteve remoção para a 5ª Vara da Família, até ser eleita desembargadora.

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8 Comentários

  1. Só tem ela de negra para omenegiar? Só pq ela é desembargadora

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    1. Vai aprender a escrever, a palavra é homenagear.

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  2. Mulher de fibra que conseguiu superar a estado de pobreza e tornou-se exemplo para todos, honesta e que sempre se dedicou a fazer justiça.

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    1. Ela não está fazendo mais a obrigação dela e está sendo bem paga por misso.

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  3. Nunca foi pobre. Nasceu Rica. E não tá trabalhando vdd Graça

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  4. Essa data foi criada pela esquerda pra vitimizar os negros. A verdadeira data pra se comemorar é o dia que a princesa Isabel assinou a lei Áurea. Essa sim deve ser comemorada.

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  5. Todos somos iguais, independentemente de cor ou condição financeira, esse e outros preconceitos foram piorados pelos excesso de leis criadas P ESQUERDISTAS, onde hoje, ninguém pode fazer uma brincadeira, motivo de ser penalizado.

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