Brasil condena invasão da Ucrânia; saiba as razões do voto no Conselho de Segurança da ONU
Rússia vetou a resolução do Conselho de Segurança que serviria para condenar a invasão da Ucrânia - e foi o único país a votar contra, mas seu voto tem poder de veto.
O Brasil condenou a invasão da Rússia ao território da Ucrânia durante seu voto no Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta sexta-feira (25). A Rússia vetou uma resolução do Conselho que serviria para condenar a invasão da Ucrânia – e foi o único país (dos 15 membros) a votar contra, mas seu voto tem poder de veto.
Representante do Brasil na ONU, o embaixador Ronaldo Costa Filho disse que o Conselho de Segurança deveria agir urgentemente diante da agressão da Rússia.
Durante seu voto, Costa Filho afirmou que não havia outra alternativa, além da diplomacia, para resolver a atual crise no leste europeu: "Renovamos nosso apelo pela cessação total das hostilidades, pela retirada das tropas e pela retomada imediata do diálogo diplomático".
Essa foi a segunda vez que o Brasil se manifestou oficialmente contra a invasão russa à Ucrânia. Nesta quinta-feira (24), o vice-presidente Hamilton Mourão disse que não concordava com a invasão, mas foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro durante uma transmissão pela internet. E, até a última atualização desta reportagem, Bolsonaro não havia feito um pronunciamento oficial condenando a ação da Rússia.
Brasil pede a retirada das tropas russas
Durante a explicação de seu voto, Costa Filho afirmou que "o enquadramento do uso da força contra a Ucrânia como um ato de agressão, precedente pouco utilizado neste Conselho, sinaliza ao mundo a gravidade da situação".
E reafirmou que o Brasil tentou manter uma posição de equilíbrio: "Procuramos manter o espaço de diálogo, mas ainda sinalizando que o uso da força contra a integridade territorial de um Estado-membro não é aceitável no mundo atual".
Ele disse que as preocupações de segurança da Rússia, com o avanço para o leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), "não dão o direito de ameaçar a integridade territorial e a soberania de outro Estado".
Fonte - g1
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