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Refugiados africanos contam que o problema está tanto nas fronteiras da Ucrânia, como em países vizinhos.


Imigrantes negros na Ucrânia relataram nas redes sociais que estão sendo alvo de racismo e barrados em trens e ônibus ao tentar fugir da Ucrânia. Por meio da hashtag #AfricansinUkraine (africanos na Ucrânia), refugiados contam que negros estão sendo barrados por guardas que fazem barreiras humanas, mandam para o final da fila ou até mesmo intimidam com armas de fogo nas regiões fronteiriças.

Um estudante nigeriano contou que nas estações de trem de Kiev, estão priorizando crianças, mulheres, homens brancos, para então o restante das vagas ser ocupada por africanos. “Esperamos muitas horas pelos trens e não conseguimos entrar devido a isso”. Em outra publicação, ele afirma que tiveram que “empurrar mulheres africanas para dentro do trem, para que não tivessem opção a não ser deixá-las entrar”. 

Um outro relato afirma que pessoas negras foram forçadas a andar por quilômetros depois de serem impedidas de entrar no ônibus que levava à Polônia. Um estudante jamaicano relatou que o problema está afetando não só negros, mas indianos, árabes e sírios. Além disso, a hostilização estaria acontecendo tanto na Ucrânia como em países vizinhos. 

O encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, disse ao Poder360 que agentes de fronteira estão dando apoio a todos os estrangeiros. “Acredito que autoridades ucranianas não têm preconceitos e estão dando esse apoio a todos sem depender da cor da pele. Isso pode ser uma campanha de desinformação”, disse.

“Há lamentáveis relatórios de ucranianos que refutam que nigerianos entrem em ônibus ou trens com destino às fronteiras da Ucrânia com a Polônia”, disse em nota o conselheiro presidencial da Nigéria, Garba Shehu. “Em um vídeo que está circulando pelas mídias sociais, uma mãe nigeriana com um filho pequeno foi filmada sendo fisicamente forçada a deixar seu lugar para outra pessoa”, diz ainda o comunicado. Em resposta, a embaixadora polonesa na Nigéria, Joanna Tarnawska, negou as acusações e afirmou que todos recebem o “mesmo tratamento”. 

Bombardeios russos voltaram a ser ouvidos nas duas maiores cidades da Ucrânia nesta 2ª feira (28.fev). No 5º dia de guerra, a capital Kiev e Kharkiv estão novamente na mira dos rivais, segundo o serviço ucraniano de comunicações especiais.

Em Chernihiv, mais de 150 km a noroeste de Kiev, um míssil atingiu um prédio residencial no centro da cidade. Os 2 andares inferiores do edifício pegaram fogo, de acordo com o serviço estatal de comunicações especiais.

Russos e ucranianos se reuniram em Belarus nesta 2ª para iniciar negociações, mas as conversas não foram conclusivas. Uma nova rodada está para ser marcada.

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