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Taxa recua ao menor patamar para o período encerrado no mês desde 2016; renda média do trabalhador é a pior desde o início da série histórica


A taxa de desemprego recuou para 11,2% no trimestre encerrado em fevereiro, abaixo do índice de 11,6% registrado entre setembro e novembro. É o menor patamar para o período encerrado em fevereiro desde 2016. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, o Brasil soma 12 milhões de pessoas em busca de emprego. Na comparação com o último trimestre, o número de desempregados caiu 3,1%. Segundo a pesquisa, o resultado segue a tendência de retração observada nos trimestres anteriores. “No trimestre encerrado em fevereiro, houve retração da população que buscava trabalho, o que já vinha acontecendo em trimestres anteriores. A diferença é que nesse trimestre não se observou um crescimento significativo da população ocupada”, afirma  a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

A renda média do trabalhador brasileiro ficou em R$ 2.511, a menor já registrada nos três meses encerrados em fevereiro desde o início da série histórica, em 2012. “Nos trimestres anteriores, o rendimento médio estava em queda. A estabilidade desse trimestre pode estar relacionada à diminuição no número de trabalhadores informais, que têm menores rendimentos, e ao aumento de trabalhadores com carteira assinada no setor privado”, afirma a pesquisadora.

O número de ocupados foi estimado em 95,2 milhões, estável em comparação ao trimestre anterior. O resultado pode ser reflexo da retomada do mercado de trabalho ao padrão pré-pandemia, quando havia o maior registro de desligamentos de trabalhadores contratados para vagas temporárias de fim de ano. “Se observarmos a série histórica, veremos que, desde o seu início, houve queda no número de pessoas ocupadas nesse período. Agora não tivemos queda, mas essa perda de fôlego neste ano pode indicar a retomada desses padrões sazonais”, diz.

Uma das únicas categorias em expansão, os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada aumentaram em 1,1% frente ao trimestre anterior, o que representa 371 mil pessoas. Também houve crescimento de 5,2% (ou de 203 mil pessoas) entre os empregadores.

Já no contingente de trabalhadores por conta própria houve declínio de 1,9% na comparação com o trimestre encerrado em novembro. Isso representa uma queda de 488 mil pessoas. Com esse recuo, os profissionais informais totalizaram 38,3 milhões, enquanto eram 38,6 milhões no trimestre anterior. Acompanhando a queda, a taxa de informalidade passou de 40,6% para 40,2% nesse período. Essa categoria reúne o trabalhador sem carteira assinada, o empregador e trabalhador por conta própria sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar.

Fonte - Jovem Pan

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