Brasileiros vendem o pouco que têm para conseguir comprar comida
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Levantamentos mostram que quase metade da população já vendeu ao menos um bem que tinha em casa para pagar contas ou comprar algum item básico, como comida e remédios.
Com o aumento da pobreza e da insegurança alimentar no país, tem crescido o grupo de famílias que se veem na necessidade de vender o que têm para comprar comida.
A pandemia acabou com a pequena loja de produtos de limpeza que Marcos Inácio da Silva tinha aberto, e ainda levou a esposa dele, Isaura, que morreu de Covid em 2020. Ficaram o Marcos e os filhos gêmeos - hoje, com quatro anos de idade.
"Quando acordo, penso que não vou, sabe, nem conseguir. Quando eu olho para o lado, vejo eles e é isso que me fortifica, é isso que me dá mais vigor para chegar e continuar a batalhar”, conta o pintor desempregado.
Mas sem ter de onde tirar dinheiro, Marcos começou a vender coisas de casa: "O botijão, uma serra e uma parafusadeira. São instrumentos de obra, né? Para comprar pão, leite para eles, a mistura. Então, assim, a dificuldade que a gente encontra é essa. É de manter o dia, o agora".
Edna Barbosa Pereira perdeu o trabalho de empregada doméstica também no início da pandemia; conseguiu alguns bicos e mais nada. Aí começou a desmontar a própria casa. Primeiro, a máquina de lavar roupas.
"Tinha que pagar o aluguel, vendi a máquina. A primeira coisa foi a máquina. Aí da máquina, foi a geladeira. Da geladeira foi bujão", relembra.
Levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional indica que, quase metade das pessoas que se alimentam com menos do que deveriam ou que passam fome já tiveram que vender bens ou equipamentos de trabalho para suprir necessidades básicas - principalmente a alimentação. Os dados são deste ano.
E pesquisa feita em maio pelo Instituto Locomotiva mostra que 42% dos adultos brasileiros já venderam ao menos um bem que tinham em casa para pagar contas ou comprar algum item básico - como comida e remédios.
O pior da pandemia ficou para trás: a maioria da população está vacinada, a economia reabriu. Mas a fome está piorando, isso a gente vê nas ruas. E o que as pessoas têm pra vender para conseguir comprar comida, uma hora acaba.
O número de brasileiros que passam fome subiu de 19 milhões no fim de 2020 para 33 milhões no começo de 2022. Quem estuda o assunto alerta que esses brasileiros em situação de miséria não poderiam estar abandonados assim.
"A crise econômica trouxe junto com ela um desmonte dos aparatos de proteção social do Estado. Isso, na prática, leva com que esses brasileiros que, de alguma forma, podiam contar com algum tipo de auxílio, fiquem reféns da própria sorte", lamenta Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
"Não é obrigação das pessoas se virarem para vender um bem para comprar o alimento. Isso é muito triste, isso é uma vergonha. É o direito humano à alimentação que está sendo violado junto com outros direitos humanos. A gente está olhando exatamente a inexistência de politicas sociais de combate à fome que não ocorreram", destaca Rosana Salles, nutricionista da UFRJ.
Ajuda a empregada doméstica Edna só recebe de uma vizinha, que também passa necessidade.
"Eu só como uma vez. É só almoço, eu não janto. Só", emociona-se.
22 Comentários
Como você Carlinhos, posta uma matéria dessas que não condiz com a realidade, até parece que estamos no fim do mundo. Não conheço uma só pessoa que tá passando por isso, pelo menos na nossa região.
ResponderExcluirCulpa do fica em casa, e quem quiser me criticar q critique : comer mau até concordo, mas passar fome? Tenha santa paciencia
ExcluirUm país tão rico,mas por conta dos nossos políticos corruptos estamos assim!
ExcluirBolsonaro vendo isso e cagando
ExcluirCarlinhos, acho que essa matéria se refere a Venezuela ou Cuba, e não ao Brasil.
ResponderExcluirTriste realidade de um país que um dia saiu do mapa da fome, para voltar aos esgotos da miséria com mais de 30 milhões na linha de pobreza.
ExcluirNos tempos bem atrás ja tinha gente q passava fome não só agora
ExcluirCarlinhos, mais vergonha na cara e não mostre matérias que não condizem com a realidade do momento no Brasil
ResponderExcluirTem gente q passa precisão mais não quer trabalhar uma diaria de serviço pra ninguém aqui onde moro tem gente q quer pagar pra trabalhar e acha quem queira ir a maioria não quer trabalhar
ExcluirMarajá do sena isso e muito comun
ExcluirA esquerda estalando,como se nunca tivesse pobre no Brasil, ou no governo pt ninguém passava fome,bocado de hipócritas!!!
ExcluirMas que reportagem mais mentirosa kkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirSegundo o ADM antes do bolsonaro o Brasil era uma Noruega.
ExcluirA Maior Vergonha ...Ver onde Que o Brasil Chegou...tudo muito caro...
ExcluirBando de leigo ele não tá se referindo somente o Maranhão e sim o Brasil inteiro
ResponderExcluirDesse jeito aí mesmo triste Realidade da vida 😞
ResponderExcluirDesondem e regregresso
ResponderExcluirTriste realidade!😔
ExcluirTriste realidade do nosso país, tínhamos até pouco tempo Saído dessa vergonhosa realidade, más infelizmente voltamos novamente pro mapa da fome, culpa dessa política econômica desastrosa que está destruindo o poder de compra do povo brasileiro, BOLSONARO NUNCA MAIS!
ResponderExcluirDesde que o mundo é mundo que existe pobreza, falando do Maranhão continua um dos Estados mais pobres, talvez escolhas de políticos errados para governar o Estado
ExcluirInfelizmente sempre existiu isso..não é de agora !!!
ResponderExcluirBolsonaro nunca mais
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