PF realiza operação contra a comercialização ilegal de madeira extraída de terra indígena no MA
As investigações apontam uma associação criminosa que envolve fazendeiros, madeireiros e indígenas, que tem como objetivo a extração ilegal de madeira para exploração comercial clandestina. A extração era feita com o consentimento de uma liderança de uma das aldeias, por meio de pagamentos ilícitos.
Segundo a PF, um dos beneficiados com o esquema, seria um ex-vereador de Itaipava do Grajaú, que é dono de serrarias e movelarias na região. O suspeito que, não foi identificado, seria o receptador da madeira extraída ilegalmente.
Dois dos três alvos da operação de busca e apreensão, já são condenados por meio de Ação Civil Pública (ACP) a reflorestar 490 hectares da área onde vivem indígenas da etnia Krepumkateyê.
Além disso, os suspeitos foram obrigados a recompor os danos causados na Reserva Indígena Toco Preto. Entretanto, segundo a PF, os alvos não cumpriram a determinação judicial e continuaram praticando crimes na área.
Durante a operação, os policiais apreenderam celulares, motosserras, armas de fogo e munições. Os aparelhos eletrônicos serão periciados.
De acordo com a PF, os investigados podem responder criminalmente por desmatamento e exploração da floresta nativa em domínio público, para fins comerciais, além de adquirir produtos de origem vegetal sem licença devida e sem autorização de órgãos competentes, para fins comerciais.
Caso sejam condenados, as penas máximas somadas ultrapassam aos 12 anos de prisão.
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