Quase 400 famílias estão desabrigadas no estado.
Oito das 217 cidades do Maranhão decretaram situação de emergência devido ao aumento do nível dos rios Mearim, Pindaré e Itapecuru, que subiram devido as chuvas que atingem parte do Estado. Ao todo, 394 famílias estão desabrigadas e 800 desalojadas devido a cheia dos rios.
Segundo a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil já decretaram situação de emergência as cidades de: Formosa da Serra Negra, São Roberto, São João do Sóter, Tuntum, Monção, Pindaré-Mirim, Conceição do Lago Açu e Trizidela do Vale.
A expectativa é que março seja o mês mais chuvoso do ano. Com as chuvas, nesta quinta-feira (21), o nível do rio Mearim tem subido de forma gradual e chegou a 7,29 metros. As cidades mais atingidas com a cheia são Pedreiras e Trizidela do Vale, localizadas na região do Médio Mearim.
O rio Pindaré está com 13,10 metros acima do nível normal. Já o rio Itapecuru, subiu quatro metros acima do nível normal e por isso, entrou na rota de atenção para enchentes.
Cidades atingidas
Em Pedreiras, mais de 150 famílias entre desabrigadas e desalojadas, estão em 17 abrigos montados em espaços públicos na cidade.
A Defesa Civil de Pedreiras diz que, como o Rio Mearim subiu gradativamente, houve mais tempo para que a cidade pudesse iniciar o plano de contingência, fazendo a retirada das famílias de suas casas antes que a água pudesse chegar as casas.
A situação é diferente do ano passado, quando a cheia do rio provocou uma grande inundação na cidade, considerada a maior da história de Pedreiras. Com isso, o Governo Federal chegou a decretar situação de emergência na área.
"Esse ano, o rio subiu de forma gradual. Então, como a gente já havia se preparado em fevereiro, ativado o plano de contingência, foi tempo suficiente para que pudéssemos fazer a retirada das famílias, salvaguardando também os bens. Era uma grande preocupação da nossa equipe", disse Rai Brito, Defesa Civil de Pedreiras.
Em Trizidela do Vale, 139 famílias estão desabrigadas em 16 abrigos públicos montados na cidade. Além disso, 90 famílias que também foram atingidas pelas cheias estão em casas de parentes ou amigos, segundo o último balanço da Defesa Civil do município.
Muitas famílias permanecem em abrigos aguardando o nível da água baixar, para que eles possam retornar para suas casas. "Decidi sair antes da água entrar, porque todo ano ela entra. Vai fazer um mês, dia 26, que estou aqui, sempre venho para abrigos", disse Neuza de Sousa, aposentada.
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