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O juiz João Batista Coelho Neto vai presidir uma sessão do Tribunal do Júri na próxima quinta-feira (25), em Santo Antônio dos Lopes. No banco dos réus, Léo Jaime de Souza Cunha, acusado de prática de crime de homicídio qualificado que teve como vítima Francisco Hélio Abreu Sales, fato ocorrido em 18 de julho de 2022, no Centro de Santo Antônio dos Lopes. Hélio foi assassinado com um tiro de arma de fogo. A sessão ocorrerá no fórum da comarca.

Relatou o inquérito policial que, na data e local citados, o denunciado teria tirado a vida de Francisco Hélio por motivo fútil. Conforme os fatos narrados, na noite anterior ao crime, por volta das 21h15min, a vítima estava em um estabelecimento denominado “Bar do Morcego”, na companhia de alguns amigos, quando o Léo Jaime chegou e foi cumprimentá-los. Neste momento, a vítima teria soltado uma fumaça de cigarro eletrônico no rosto do denunciado que, por sua vez, não gostou, iniciando-se uma discussão entre eles. Após os ânimos se acalmarem, quando Léo Jaime já estava em outra mesa, a vítima foi até ele pedir desculpas, sendo rejeitadas pelo denunciado.

Ao voltar para sua mesa, a vítima teria dito para seus amigos a seguinte frase: “Esse otário não aceitou minhas desculpas não”. Léo Jaime, então, que teria escutado a frase, foi tirar satisfação com a vítima, oportunidade em que se iniciou outra discussão, momento em que o denunciado saiu do local, indo até outro estabelecimento, denominado “Bar da Loira”, onde teria armado-se com um revólver calibre 38 e retornado ao “Bar do Morcego” já com a arma em punho e proferindo as seguintes palavras direcionadas ao ofendido: “Diz agora quem é otário aqui, diz quem é p***  no c... aqui”. Após proferir estas palavras, Léo Jaime montou em sua motocicleta e saiu para rumo ignorado.

CLIMA HOSTIL

A denúncia seguiu relatando que, certo tempo depois, a vítima teria ido buscar seu carro, local em que estava guardada uma espingarda calibre 12, e teria ido atrás do denunciado. Entretanto, não o encontrou, e retornou ao “Bar do Morcego”, onde afirmou para seus amigos que se achasse o denunciado passaria com o carro por cima dele, bem como atiraria em seu estabelecimento comercial. Narrou, ainda, que Francisco Hélio teria atirado contra o estabelecimento comercial do denunciado. 

No dia seguinte do crime, Léo Jaime, ao tomar conhecimento dos disparos, resolveu se deslocar até a residência da vítima, momento em que teria escutado a frase: “Aqueles tiros ‘era’ para ser na tua cara”. Ato contínuo, o denunciado teria sacado o revólver e disparado contra a vítima, atingindo-o na região do peito, ocasionando a sua morte. Após a prática delitiva, Léo Jaime se evadiu da cidade, sendo capturado algum tempo depois. A materialidade e autoria do crime de homicídio encontram-se sustentadas pelo exame cadavérico e depoimentos testemunhais.

Assessoria de Comunicação Corregedoria Geral da Justiça asscom_cgj@tjma.jus.br

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