Equipes retomam buscas por vítimas da queda da ponte sobre o rio Tocantins; cinco seguem desaparecidos
Operação tinha sido suspensa para a abertura das comportas de uma hidrelétrica. Ponte JK desabou entre o Tocantins e Maranhão, deixando 12 mortos.
Na manhã desta sexta-feira (3) foram retomadas as operações de busca, no rio Tocantins, de vítimas do desabamento da ponte JK, que liga as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). As operações tinham parado por um dia para a abertura das comportas da Hidrelétrica de Estreito, causada por fortes chuvas.
As equipes de resgate estão recebendo reforços de bombeiros de São Paulo, que se juntam aos mergulhadores da Marinha e do Corpo de Bombeiros do Tocantins, Maranhão e Distrito Federal, que já atuam na área.
Até o momento, cinco pessoas seguem desaparecidas, sendo três vítimas que estavam em uma caminhonete que foi localizada a 40 metros de profundidade. A Marinha divulgou imagens do veículo, que já foi examinado pelos mergulhadores, que encontraram apenas pertences pessoais que foram recuperados e entregues às famílias.
As equipes também buscam encontrar os corpos de dois homens que estavam em motocicletas. Até o momento, 12 óbitos foram confirmados.
Visibilidade na água dificulta operação
A profundidade e a escuridão são alguns dos desafios enfrentados pelos mergulhadores durante as buscas pelas vítimas do desabamento da ponte entre Tocantins e Maranhão. A tecnologia tem sido grande aliada no trabalho, com drones, robôs e uma câmara hiperbárica.
A profundidade é um dos maiores desafios e o trabalho precisa ser feito em duplas para evitar acidentes com os escombros da ponte.
"Você gasta de três a quatro minutos só para chegar no local e vai ter uma atuação de cinco a seis minutos de trabalho no fundo. Então, tem que descer focado, executar e subir", explicou o cabo Adriano Rocha.
As águas do rio Tocantins nesta profundidade são escuras e quase não chega luz solar. Por isso, os mergulhadores trabalham apenas com a luz das lanternas.
“Lá não consegue infiltrar os raios solares e a gente enxerga basicamente o feixe de luz da lanterna. Então, você está envolvido em uma escuridão total. Por isso a gente leva duas lanternas, o colega tem mais duas para não ficar desprevenido”, explicou.
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