PF cumpre mandados em secretaria comandada por mãe de prefeito do Maranhão
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (8), a Operação Segunda Dose, com o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em investigação que apura falsidade documental e exercício ilegal da medicina no município de Caxias/MA.
As diligências foram realizadas simultaneamente em cinco endereços, incluindo a residência da principal investigada, as instalações da Secretaria Municipal de Proteção Social, comandada por Adriana Raquel Sousa, mãe do prefeito de Caxias Gentil Neto, investigada por supostas irregularidades na área da saúde, bem como em unidades de saúde localizadas nos bairros Salobro, Cohab e UPA.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos aparelhos celulares e computadores, que serão submetidos à perícia técnica. Também foram localizados e apreendidos uma caixa com medicamentos que seriam destinados ao Fundo Municipal de Saúde e R$ 467.050,00 (quatrocentos e sessenta e sete mil e cinquenta reais), sem que fosse apresentada comprovação lícita de origem. Diante dos achados, a investigação passou a abranger, além dos crimes inicialmente apurados, os delitos de peculato e lavagem de dinheiro.
A Justiça Federal determinou o afastamento cautelar da investigada das funções públicas e da atividade médica.
O município já havia sido alvo da PF em 19 de agosto, durante a primeira fase da Operação Lei do Retorno, que apura o desvio de cerca de R$ 50 milhões do Fundeb em diferentes cidades do Maranhão.
Naquela etapa, os principais investigados foram a deputada estadual Daniella (PSB) e o ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil, atual secretário estadual de Agricultura e Pecuária. Em endereços ligados à família, foram apreendidos veículos de luxo, joias, dinheiro em espécie e até um cheque de R$ 350 mil.
Ainda não está claro se a ofensiva desta segunda-feira integra a mesma investigação, mas o avanço das apurações amplia a pressão sobre a gestão municipal de Caxias.
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