Reforma Tributária poderá desmunir contribuição previdenciária, afirma Hildo Rocha
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O deputado Hildo Rocha, que é presidente da Comissão da Reforma Tributária
falou sobre a importância da assinatura do termo de cooperação firmado entre a
Câmara Federal, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o SEBRAE, consolidado com o
objetivo de ajudar na elaboração do novo sistema tributário brasileiro. “O
acordo vai possibilitar o uso da mesma metodologia usada para a elaboração da
legislação do SIMPLES Nacional”, declarou o parlamentar.
Pontos essenciais
O deputado explicou que a
comissão apresentará uma proposta capaz de alcançar três objetivos: simplificar
o sistema tributário; promover o desenvolvimento econômico e tornar o sistema
tributário mais justo.
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Modelo perverso
Hildo Rocha destacou um estudo
realizado pela Comissão Especial da Reforma Tributária da Câmara Federal que
contém um diagnóstico do nosso sistema tributário vigente, e apresentou um
histórico das mudanças ocorridas de 1967 até os dias atuais. “Em
resumo: é um sistema caótico; confuso; irracional; é o mais complexo do mundo;
tem um dos maiores índices de sonegação; é o mais regressivo do planeta - ou
seja, é perverso com quem ganha menos, porque paga mais; tem a maior renúncia
fiscal do mundo; é o sistema que tem a maior carga tributária sobre alimentos e
medicamentos; incentiva a guerra fiscal; onera a folha de pagamento e mata
empregos, levando à informalidade”, enumerou Rocha.
Ainda de acordo com o
levantamento, quem recebe até dois salários mínimos tem 53,9% do seu salário
transferidos para o pagamento de tributos municipais, estaduais e federais.
Quem ganha mais de 30 salários mínimos contribui com apenas com 29% do seu
rendimento.
Quem ganha até dois salários
mínimos trabalha 197 dias do ano para pagar tributos às três esferas de
governo. Quem ganha mais de 30 salários mínimos trabalha 106 dias do ano para
pagar tributos. “Ou seja, quem ganha menos trabalha mais de 50% dos dias do ano apenas
para pagar tributos. Portanto, dá para percebermos que é um sistema bastante
injusto”, argumentou Rocha.
Contribuição previdenciária
Segundo Hildo Rocha, uma das
novidades com a mudança no sistema tributário, é que as alíquotas da
contribuição previdenciária patronal devem ser extintas. “Temos que diminuir o déficit da
Previdência, que hoje é de quase 150 bilhões de reais, apenas no INSS. Se
acrescentarmos o déficit da previdência pública, que engloba servidores
públicos e militares, o déficit pula para mais de 200 bilhões de reais.
Portanto, nós vamos fazer uma reforma tributária capaz de zerar a alíquota patronal
e diminuir a contribuição previdenciária dos trabalhadores com a implantação de
um tributo sobre movimentação financeira que custeará parte do regime da
previdência geral e fazer com que o Custo Brasil diminua”, destacou.
Assessoria.
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