Os médicos cubanos virão
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4.000 médicos cubanos virão
para o Brasil. Governo assinou hoje acordo para oferecer a esses profissionais
as vagas que foram rejeitadas por brasileiros e demais estrangeiros.
Governo
faz convênio para contratar 4 mil médicos cubanos
Na
1ª etapa da parceria com a Opas, 400 médicos virão para 701 municípios. Medida
custará R$ 511 milhões até 2014
O
grupo chega neste fim de semana ao Brasil e vai passar por avaliação
O
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala a senadores do PMDB durante reunião
para discutir o Programa Mais Médicos - Foto: ailton de Freitas / Agência O
Globo
O
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala a senadores do PMDB durante reunião
para discutir o Programa Mais Médicos - ailton de Freitas / Agência O Globo
BRASÍLIA
- O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira que
assinou termo de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)
para atrair médicos estrangeiros ao Brasil, por meio do programa Mais Médicos.
Pelo acordo, fica definida a vinda de 4 mil profissionais de Cuba para as vagas
que não foram escolhidas por brasileiros e estrangeiros na seleção individual.
Na
primeira etapa da parceria, está prevista a vinda de 400 médicos. Eles serão
direcionados aos 701 municípios – dos quais 84% estão nas regiões Norte e
Nordeste – que aderiram ao Mais Médicos, mas não foram selecionados por nenhum
médico no edital de chamamento individual. As etapas seguintes ocorrerão para
preencher postos ociosos após ciclos de chamamento individual, cuja segunda
edição foi aberta na última segunda-feira, 19.
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Padilha
explicou que esse primeiro grupo de 400 médicos chegará ao Brasil neste fim de
semana e passará por avaliação de três semanas com os demais médicos com
diploma no exterior – entre 26 de agosto e 13 de setembro. Segundo o Ministério
da Saúde, esse profissionais já participaram de outras missões internacionais,
sendo que 42% deles já estiveram em pelo menos dois países. Todos têm
especialização em medicina familiar e comunitária. Além disso, 84% têm mais de 16
anos de experiência em medicina.
—
Nessa parceria com a Cuba, receberemos, por meio da Opas, médicos com critérios
que o Ministério da Saúde buscou estabelecer. O Ministério solicitou médicos
com experiência profissional, médicos com experiência internacional, sobretudo
em países de língua portuguesa — disse Padilha.
A
previsão é que todos os 4 mil médicos cheguem ao Brasil ainda em 2013. O
segundo grupo, de 2 mil cubanos, chegará em 4 de outubro, no início do segundo
programa de avaliação. E os demais até dezembro.
Questionado
sobre o pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) para que a população
denuncie casos de mau atendimento por parte dos médicos estrangeiros, Padilha
destacou o papel fiscalizador do CFM e disse que o programa do governo federal
busca trazer "mais médicos", mas que é contra "maus
médicos", sejam brasileiros, sejam estrangeiros.
—
Quanto mais o CFM tiver o papel fiscalizador, acho que é muito positivo para a
saúde do Brasil. (O CFM) não pode usar dois pesos e duas medidas. É muito importante
que tenha papel fiscalizador em relação aos serviços de saúde, ao atendimento,
à postura ética dos profissionais, sejam eles brasileiros, sejam estrangeiros
que estão atuando no Brasil — afirmou.
O
programa de avaliação que começará na semana que vem terá duração de três
semanas e será oferecido também a todos os estrangeiros inscritos no Mais
Médicos neste primeiro mês de seleção. Eles ficarão concentrados em quatro
capitais durante esse período: Recife, Salvador, Brasília e Fortaleza.
A
concessão de registro profissional segue a regra fixada na Medida Provisória
que institui o programa Mais Médicos: os médicos terão autorização especial
para trabalhar por três anos exclusivamente nos serviços de atenção básica em
que forem lotados no âmbito do programa.
Governo
vai repassar R$ 511 milhões à Opas até 2014
Para
levar os médicos cubanos, o Ministério da Saúde investirá, por meio da Opas, R$
511 milhões até fevereiro de 2014. Padilha explicou que o governo brasileiro
repassará à Opas recursos equivalentes às condições fixadas pelo edital do Mais
Médicos – de R$ 10 mil por profissional. Questionado pelos jornalistas, o
ministro da Saúde não soube informar quanto desses R$ 10 mil será, de fato,
pago pelo governo cubano aos médicos e afirmou que essa negociação cabe à Opas
e ao governo cubano. O representante da Opas no Brasil, Joaquín Molina, também
disse não saber o valor.
— A
preocupação do governo brasileiro é que (os cubanos) tenham qualidade e
condições de trabalho para atender a população brasileira —disse o ministro,
que observou que moradia e alimentação serão garantidas pelos municípios.
Padilha
disse que os cubanos não vão poder escolher as cidades onde vão atuar. Eles
serão alocados nos municípios que não foram escolhidos pelos profissionais de
saúde no edital de chamamento individual. De acordo com o ministro, os médicos
brasileiros com formação no Brasil são os primeiros na ordem de prioridade. Em
seguida, estão os médicos brasileiros com formação no exterior, os médicos
estrangeiros que se inscreveram no edital de chamamento individual e, por
último, os estrangeiros selecionados por meio de parcerias bilaterais.
Além
de Cuba, a Opas irá buscar a parceria de países, universidades e organizações
de outros países para participação no Mais Médicos. Nestas parcerias, só serão
ofertadas as vagas não preenchidas pelos editais de chamamento individual.
Na
terça-feira, o Ministério da Saúde divulgou uma lista com os nomes de 63
médicos formados no exterior suspensos do programa Mais Médicos por problemas
na documentação. E divulgou uma segunda lista, com 36 médicos estrangeiros, que
foram aceitos no programa em uma segunda chamada.
Eles
tinham feito a escolha dos municípios onde queriam trabalhar, mas não tinham
sido alocados em nenhuma das vagas disponíveis. Como o número de médicos
excluídos foi maior do que o de novos selecionados, a quantidade de
participantes do programa caiu de 1.616 para 1.589.
Os
médicos de fora começam a chegar ao Brasil entre os dias 23 e 25 de agosto. No
dia 26, tem começo o módulo de acolhimento e avaliação, fase do programa que
dura três semanas, em que os médicos passam com um curso de pelo menos 120
horas, com conteúdo relacionado à legislação dos sistema de saúde brasileiro,
funcionamento e atribuições do SUS, e língua portuguesa. Nesse módulo, eles
também serão avaliados para verificar se estão aptos a trabalhar.
Ao
todo, 3.511 municípios se inscreveram no Mais Médicos, demandando 15.460 vagas.
Os 1.589 médicos inscritos até agora são capazes de atender 10,3% do que é
pedido pelas prefeituras.
CFM
diz que medida é ‘eleitoreira’ e ‘irresponsável’
Em
nota, o Conselho Federal de Medicina condenou, veementemente, a decisão do
Ministério da Saúde de importar médicos cubanos "sem a devida revalidação
de seus diplomas e sem comprovar domínio do idioma português". Na
avaliação da entidade, a decisão é "irresponsável", além de ferir os
direitos humanos e colocar em risco a saúde dos brasileiros, especialmente a
dos moradores das áreas mais pobres e distantes. "Trata-se de uma medida
que nada tem de improvisada, mas que foi planejada nos bastidores da cortina de
fumaça do malfadado Programa Mais Médicos", considerou o CFM, em nota. O
conselho avaliou que o anúncio coloca em evidência "a real intenção do
governo de abrir as portas do país para profissionais formados em Cuba, sem
qualquer avaliação de competência e capacidade. "Estratégia semelhante já
ocorreu na Venezuela e na Bolívia, com consequências graves para estes países e
suas populações".
"Alertamos
à sociedade que o Brasil entra perigosamente no território da
pseudo-assistência calcada em evidentes interesses pessoais e
políticos-eleitorais. Todos os brasileiros devem ter acesso ao atendimento
universal, integral, gratuito e com equidade, conforme previsto pela
Constituição ao criar o Sistema Único de Saúde (SUS). Não há cidadãos de primeira
e segunda categoria, e é isso que essa medida cria", disse o conselho.
"Contra tudo isso e para garantir os direitos dos cidadãos brasileiros,
serão envidados esforços, inclusive as medidas jurídicas cabíveis, para
assegurar o Estado Democrático de Direito no país, com base na dignidade
humana", acrescentou.
O Globo
Leia
mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/governo-faz-convenio-para-contratar-4-mil-medicos-cubanos-9647511#ixzz2ceBs8VtM
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Parabéns para Dilma vai trazer medicos da cuba que vão trabalhar no Brasil sem fazer a prova do CRM e vão mata muita Gente Inocente...
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