Para dar conta de gastos essenciais, salário mínimo deveria ser de R$ 2.992
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Pesquisa da Dieese mostra
que cesta básica subiu em 16 de 18 capitais
Em março, os preços dos
produtos alimentícios essenciais (que compõem a cesta básica) subiram em 16 das
18 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos).
Continua...
Segundo a Pesquisa da Cesta
Básica de Alimentos, divulgada pelo Dieese nesta sexta-feira (4), as maiores
elevações foram apuradas em Campo Grande (12,85%), Goiânia (12,61%), Porto
Alegre (12,52%) e Curitiba (12,29%).
Manaus e Belo Horizonte, por
outro lado, apresentaram retrações de -1,25% e -0,41%, respectivamente, no
preço dos produtos.
Porto Alegre foi a capital
onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 356,17), seguido de São
Paulo (R$ 351,46), Florianópolis (R$ 345,63) e Rio de Janeiro (R$ 345,11).
Os menores valores médios
foram observados em Aracaju (R$ 225,82), João Pessoa (R$ 263,17) e Natal (R$
271,31).
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de perder emprego
Com base no custo apurado
para a cesta de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação
constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de
um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário,
higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente quanto
deveria ser o valor do salário mínimo necessário para uma família de quatro
pessoas. Em março deste ano, o valor deveria ser R$ 2.992,19, ou seja, 4,13
vezes o mínimo em vigor, de R$ 724.
Em fevereiro, o mínimo
necessário era menor, equivalendo a R$ 2.778,63 ou 3,84 vezes o piso vigente.
Em março de 2013, o valor
necessário para atender às despesas de uma família chegava a 2.824,92, ou seja,
4,17 vezes o mínimo em vigor à época, de R$ 678.
Variações
No primeiro trimestre de
2014, 16 das 18 capitais apresentaram alta nos preços da cesta básica. As
maiores elevações situaram-se em Goiânia (12,88%), Brasília (11,49%), Campo
Grande (9,43%) e Rio de Janeiro (9,38%). As retrações foram verificadas em Belo
Horizonte (-4,94%), e Natal (-0,75%).
Em 12 meses — entre abril de
2013 e março último — houve aumento em 12 cidades, sendo as maiores altas em
Florianópolis (12,45%), Curitiba (11,80%), Porto Alegre (10,63%) e Rio de
Janeiro (9,56%). As retrações foram observadas em Belo Horizonte (-8,38%), Aracaju
(-8,18%), Manaus (-6,18%), João Pessoa (-4,18%), Salvador (-3,02%) e Natal
(-2,84%).
Agência Brasil
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