Vereadores de Lago da Pedra visitam mais a delegacia do que a própria Câmara?

Polícia militar chamada para retirar vereador da Câmara

Após a surpreendente eleição do vereador Moisés do Lago Preto, a Câmara de Vereadores de Lago da Pedra tem frequentado as páginas policiais com frequência. Qualquer suspeita ou bate-boca entre os edis, acaba na delegacia. Semanalmente temos postado matérias relativas aos vereadores lagopedrenses, convocando a polícia ou visitando a delegacia para registra B.O.s; o Blog do Carlinhos selecionou alguns casos que comprovam a banalização do uso da polícia pelos vereadores que compõem a prosaica Câmara de Lago da Pedra. O livro de B.O. da delegacia está quase para se transformar na Ata da Câmara Municipal. Veja os principais casos.

Câmara de Vereadores de Lago da Pedra

24 de outubro – O vereador Pablo Sales foi informado que a vereadora Lorena cancelou a sessão que ocorreria às 17h00 e o prédio seria fechado imediatamente. No entanto, ele declarou a presidente que ficaria no prédio até a hora da sessão. Em decorrência, Lorena convocou a polícia para retirar o vereador coercitivamente. Policiais militares foram ao local, conversaram com Pablo Sales e pediram que ele deixasse o prédio da Câmara. Pablo recusou e declarou greve de fome. O ato dele garantiu que o prédio estivesse aberto até às 17h00, quando foi realizado a sessão e Moisés foi eleito presidente da Câmara.

Para não ser retirado pela polícia vereador Pablo
decreta greve de fome

Continua...

2 de dezembro – Na manhã do dia 2, quatro vereadores da oposição, Pablo, Julyfran, Ariel e Moisés, estiveram na delegacia de Polícia de Lago da Pedra para prestar queixa de uma suposta destruição de documentos da Câmara. De acordo com os edis oposicionistas, eles encontraram vários documentos destruídos e estão alegando que a presidente da Casa, a vereadora Lorena estaria destruindo documentos que compraria irregularidades em sua gestão e também, que alguns desses documentos danificados, de alguma forma, colocaria em xeque a eleição da Mesa Diretora, onde o vereador Moisés do Lago Preto foi eleito presidente da Casa para o biênio 2015-2016.

 

Vereadores oposicionistas na delegacia para registrar B.O.
do desaparecimento da ata da Câmara

26 de dezembro -  A presidente da Câmara Lorena Coelho procurou o DP de Lago da Pedra para registrar um B.O., afirmando que foi agredida física e moralmente pelos vereadores Pablo Sales e Moisés do Lago Preto em seu gabinete. De acordo com a vereadora Lorena Coelho, tudo começou quando ela foi surpreendida pelos vereadores oposicionistas. Veja o que foi escrito no Blog: “Foi uma tentativa desesperada dos vereadores de tomar de suas mãos os ofícios assinados por eles, que comprovam as suas convocações para as sessões dos dias 17 e 24 de dezembro deste ano. No dia 24 foi aprovada pelos presentes a abertura de um processo administrativo que objetiva cassar o mandato da vereadora Wanessa, acusando a mesma de exceder o número mínimo de falta em mais de 1/3º. O processo foi aprovado graças à ausência dos vereadores oposicionistas, eles alegam que não foram convocados, e Lorena alega que eles tentaram tomar a força o ofício que comprovam a convocação”.

Lorena esteve na delegacia de Lago da Pedra 

e registrou um B.O.

29 de dezembro - Os vereadores da oposição, Pablo Sales, Moisés do Lago Preto e Julyfran Catingueiro estiveram mais uma vez na delegacia de Lago da Pedra; desta vez, eles recorreram ao DP para denunciar uma suposta fraude na Ata da Câmara de Vereadores. Os vereadores pediram para que o documento fosse cuidadosamente  periciado. Eles apontam o que pode ser indícios de adulteração de páginas, onde algumas podem ter sido substituídas, vestígios de cola, uma página com linhas de cor mais claro, enquanto que a página seguinte apresenta linhas de cor mais escura, etc.

 

Três vereadores oposicionistas voltam a delegacia com o
livro de ata, afirmando que a mesma foi adulterada

Esses são exemplos que mostram claramente que o Poder Legislativo de Lago da Pedra tem recorrido com frequência surpreendente aos serviços da polícia. Será que essas ações dos nobres vereadores deveriam ser taxadas de ‘normais?’ Essas brigas não deveriam ficar restritas ao plenário? Ou estariam extrapolando suas funções ao ponto que, de fato, a polícia precisa ser acionada? O certo é que tudo acontece na prosaica Câmara de Vereadores. A presença da polícia no meio desse imbróglio é somente mais um tempero na disputa pelo poder da Câmara.  

Humor desmedido.

“Delegado, tem um turma ai, querendo falar com o senhor?”

“Já sei, são os vereadores de novo, eita meu Deus, pense numa Câmara problemática!”

Caso de Polícia da Câmara de LP