MP pede o afastamento do prefeito de Porto Franco e vereadores por pagamento de “mensalinho”
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A 1ª Promotoria de Justiça
da Comarca de Porto Franco acionou, em 11 de julho, o atual prefeito do
município, Nelson Horácio Macedo Fonseca, e os vereadores Gedeon Gonçalves dos
Santos, Semeão Sobral Vilela e Francisco Elias de Sá Sousa por improbidade administrativa.
Os três estariam recebendo do prefeito um “mensalinho” de R$ 3 mil em troca de
apoio à administração municipal.
O esquema teria sido
acertado durante uma reunião, em um restaurante de Imperatriz-MA, em 19 de
abril deste ano. Além do prefeito e dos envolvidos, também participaram da
reunião os vereadores Nalva Veras da Silva Morais, Felipe Mota Aguiar e Rubens
Sá Pereira, que gravaram toda a conversa.
O acerto seria uma tentativa
de Nelson Fonseca para diminuir o desgaste criado na época da eleição para
presidente da Câmara Municipal, na qual teria havido interferência direta do
chefe do Executivo. Além disso, o prefeito estaria se ressentindo de falta de
apoio no Legislativo municipal diante de uma série de desgastes sofridos pela
administração, como o corte salarial de servidores, a não lotação de servidores
efetivos e suspeitas sobre os processos licitatórios para realização do
Carnaval 2017.
Continua...
“A reunião é finalizada com
uma conversa entre o prefeito Nelson Horácio e os vereadores Nalva Morais e
Felipe Aguiar na qual o prefeito questiona em qual conta poderia efetuar o
pagamento desses valores mensais aos vereadores denunciantes, tendo o prefeito
Nelson Horácio mencionado que tais valores seriam retirados da conta do Fundeb,
concluindo que contas bancárias de professoras seria a melhor indicação”,
observam os promotores de justiça Ana Cláudia Cruz dos Anjos, titular da 1ª
Promotoria de Porto Franco, e Paulo Roberto da Costa Castilho, integrante do
Núcleo Regional de Atuação Especializada da Probidade Administrativa e Combate
à Corrupção (Naepac), que assinam a Ação Civil Pública (ACP).
Representação
Além da Ação Civil Pública,
o caso resultou em uma Representação à Câmara Municipal pela cassação dos
mandatos do prefeito e dos três vereadores, que foi arquivada. Em Mandado de
Segurança, a Justiça determinou que a Representação fosse desarquivada e o
presidente da Câmara, Gedeon dos Santos, passasse a presidência dos trabalhos
ao segundo secretário, que convocaria os suplentes dos denunciados e deveria
submeter a denúncia ao plenário. A decisão judicial, no entanto, não foi
cumprida.
O autor da representação
junto ao Legislativo, por sua vez, foi ameaçado e intimidado pelo motorista do
prefeito e por um enteado do vereador Semeão Vilela, no dia 6 de julho, no
entroncamento de acesso a Porto Franco.
Pedidos
Na ACP, o Ministério Público
do Maranhão requer, como medidas liminares, o afastamento do prefeito e dos
vereadores dos seus cargos, a indisponibilidade dos bens, além da quebra dos
sigilos bancários e fiscais dos envolvidos.
“No áudio da conversa entre
os envolvidos ficou plenamente demonstrada a negociação realizada entre as
partes para que fosse efetuado pagamento de vantagem indevida mensalmente aos
vereadores da base aliada do prefeito Nelson Horácio, razão pela qual se pode
falar em ‘mensalinho’ no município de Porto Franco, pago pelo prefeito aos seus
vereadores”, enfatizam os promotores de justiça
Além das medidas cautelares,
o Ministério Público do Maranhão pede a condenação de Nelson Horácio Macedo
Fonseca, Gedeon Gonçalves dos Santos, Semeão Sobral Vilela e Francisco Elias de
Sá Sousa por improbidade administrativa.
Entre as penas previstas
estão a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos de oito a dez anos, pagamento de multa de até três vezes o valor do
acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo de dez anos.
Fonte: Blog do Fernando
Melo.
7 Comentários
Infelizmente, sujando o nome da família dele. Os pais do Nelson Horácio não merecem essa falta de honra.
ResponderExcluirHum, será? Ao meu ver não são tão honestos assim não.
ExcluirSe fosse honesto, não estaria na política. Quando um camarada se volta para esse meio,já causa desconfiança, pois se adonam do poder pública para todo tipo de tramoia. Gostaria de ver a cara da mãe dele. Feliz com o sucesso do filho?
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ExcluirGente para com essa história de fazer vergonha com pai e mãe. O pai dele era um bebedor de cachaça. Não sei se ainda bebe.vcs fica falando essas coisas como ele tivesse os pais mais honesto do mundo.
ResponderExcluirbeber cachaça é ser desonesto? ele dava colote nos bares? enrolava alguém? não confunda as coisas, que os Fonsecas são boas pessoas, tanto os que ainda moram em Poção de Pedras como os que já moraram...
ExcluirÉ mesmo? Vamos ver o que o MPE vai dizer quenado for enviado documentos provando que tem gente na família se aposentando sem nunca ter pisado no serviço. Vc deve ser parente pra ter defedendendo essa corja.
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