Maranhão registra alta na violência mesmo com redução no número de assassinatos na maior parte do país

Os assassinatos no país caíram 8% no primeiro semestre, em comparação com os seis primeiros meses do no ano passado. É menor número de mortes já registrado pelo Monitor da Violência do G1, mas alguns estados estão na contramão dessa tendência.

Bastou um minuto para que assassinos invadissem, no começo do mês, uma casa em Manaus e matassem um homem de 28 anos com 17 tiros.

Amazonas foi o segundo estado a registrar maior aumento nos assassinatos no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado – 35,6%.

Pelo Monitor da Violência - do G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública - Roraima ocupa a primeira posição – 40,4%.

A alta na violência também foi vista em outros quatro estados do Nordeste - Maranhão: 11,6%; Piauí: 8,4%; Paraíba: 8,3% e Bahia: 7,1%.

Em São Paulo, o número de assassinatos caiu, assim como na maior parte dos estados. A queda no país foi de 8%. Foram 21 mil mortes violentas nos seis primeiros meses do ano, quase 1.800 a menos que em 2020. O levantamento inclui homicídios dolosos, quando há intenção de matar, latrocínios, quando uma pessoa é morta em um assalto, e lesões corporais seguidas de morte.

A redução no país foi especialmente puxada pelo Ceará, que teve queda de 28% no primeiro semestre deste ano, depois de um 2020 atípico, quando um motim da PM fez os crimes aumentarem.

O governo de Roraima atribui a alta dos assassinatos ao aumento da população por conta da migração desordenada de venezuelanos. O estado diz que equipou a polícia e intensificou os patrulhamentos.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que a redução dos homicídios é resultado das seguidas operações contra o crime no país.

Fonte: G1/Jornal Nacional