Compartilhe essa Notícia:

O fazendeiro investigado continua foragido, já o filho dele se apresentou à polícia nesta quarta-feira (15).

O fazendeiro identificado como Evangelista teria contratado os policiais militares como jagunços.

A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) vai abrir um novo inquérito para investigar um esquema de grilagem de terra na cidade de Barra do Corda, onde um fazendeiro teria contratado policiais milicianos para desocupar uma terra em disputa com trabalhadores rurais em Barra do Corda. Após a desocupação, os policiais sofreram uma emboscada, e um sargento da PM acabou morto carbonizado. 

A polícia descobriu que por trás da disputa por terras, pode estar um grande esquema de grilagem, envolvendo grileiros até de outros estados, especializados em se apossar de propriedades ilegalmente e que, pra isso, são capazes de tudo.

Um dos envolvidos no caso seria um fazendeiro, identificado apenas como “Evangelista”, que teria contratado os policiais militares como jagunços, para uma desapropriação sem ordem judicial na última sexta-feira (10), em Barra do Corda. A polícia está à procura do fazendeiro, que é considerado foragido.

Na segunda-feira (13), a PC-MA ainda tentou negociar, com advogados, a apresentação do fazendeiro, mas não conseguiu.

Já o filho do fazendeiro, identificado como Evangelista Filho, se apresentou à polícia nesta quarta-feira. O homem já tinha sido preso anteriormente por caça e porte ilegal de armas de fogo.

Segundo a polícia, Evangelista Filho seria o gerente de um grupo de paraibanos e vigia das terras onde aconteceu a desapropriação. Ele teria ainda a função de cadastrar famílias posseiras, invasoras de propriedades, para depois tentar acordo com os verdadeiros proprietários, tirando vantagens financeiras.

Os policiais militares, envolvidos na ação ilegal de desapropriação, estão presos e podem ser expulsos da corporação, inclusive sob a acusação de formação de milícia.

A emboscada

A emboscada aconteceu na noite de sexta-feira (10), após 10 policiais serem contratados por um fazendeiro para fazer uma desapropriação de terra em Barra do Corda, a 462 km de São Luís.

Durante a emboscada, um sargento da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), identificado até o momento como João Almir e lotado em Barra do Corda, morreu após ter seu corpo carbonizado em um veículo.

Além do sargento que morreu carbonizado, mais dois policiais foram atingidos por disparos de arma de fogo e foram hospitalizados.

Após o caso, nove policiais foram autuados em flagrante por milícia. Sete pertencem ao 4º Batalhão de Polícia Militar de Balsas, outro é do Batalhão de Barra do Corda e o último é um policial penal.

Os policiais presos já foram encaminhados para um presídio em São Luís e, segundo o delegado Brito Júnior, eles estão colaborando com as investigações.

“Eles foram encaminhados para serem custodiados na cidade de São Luís E eu posso dizer que todos os policiais estão colaborando com a Justiça, estão colaborando com a delegacia, com o inquérito policial. E, na medida das suas responsabilidades, judicialmente eles irão responder, na medida da sua culpabilidade”, destacou o delegado Brito Júnior, titular do 2º Distrito Policial de Grajaú, que está à frente das investigações.

Os três irmãos foram identificados como: Antônio Fernandes da Silva, Adonias Fernandes da Silva e Antônio Joacir Fernandes da Silva. O trio é chamado de “irmãos caninanas”, em referência à cobra caninana. Apesar de estarem identificados, ninguém foi preso até o momento.

“Nós estamos tentando intimá-los, porque já terminou o flagrante da situação. Estamos tomando todas as medidas judiciais cabíveis. Praticamente todos os pontos estão conectados, falta um ou outro para resolvermos 100% o caso, em tempo recorde, porque um caso que ocorreu no dia 10, hoje, já está praticamente solucionado”, destacou o delegado Brito Júnior.




⬇️⬇️ COMENTE AQUI ⬇️⬇️

3 Comentários