Ministério das Comunicações assina acordos com a China sobre conectividade e economia digital
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Memorandos de entendimento foram feitos com a SpaceSail e a Administração Nacional de Dados do país asiático.
OMinistério das Comunicações assinou nesta terça-feira (19) acordos sobre conectividade e economia digital com a empresa chinesa SpaceSail e com a Administração Nacional de Dados da China. O evento foi preparatório à visita do presidente do país asiático, Xi Jinping, à Brasília nesta quarta-feira (20).
“O desafio é levar a relação bilateral a um novo patamar, que conecte nossas agendas para além dos aspectos comerciais, como a transição energética, a conectividade, o desenvolvimento industrial e o crescimento inclusivo e sustentável. Com estes acordos, queremos que os dois governos atuem para construir cidades cada vez mais inteligentes, melhore a infraestrutura de telecomunicações e ajudem a superar as desigualdades sociais”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
A SpaceSail está desenvolvendo um serviço de internet de alta velocidade por meio de um sistema de satélites de órbita baixa da Terra (LEO, na sigla em inglês). O memorando de entendimento assinado com a Telebras prevê que as empresas estudem a demanda por internet via satélite em locais que a infraestrutura de fibra óptica não chega, como áreas rurais, e a possibilidade de parcerias para levar inclusão digital a essas localidades.
“Nosso memorando representa uma parceria e um compromisso compartilhado em empoderar o Brasil e iniciativas nacionais com nossas soluções digitais. Vamos contribuir com a missão do Brasil de ter uma economia digital inclusiva”, afirmou Jie Zheng, presidente da SpaceSail.
“Este é um momento de extrema relevância para o desenvolvimento da conectividade em nosso país. A SpaceSail, com seu projeto de constelação de satélites de baixa órbita, trará ao Brasil uma nova geração de conectividade de alta velocidade com custo acessível, muito importante para o cidadão brasileiro”, destacou o presidente da Telebras, Frederico Siqueira Filho.
O objetivo do memorando assinado entre o Ministério das Comunicações e a Administração Nacional de Dados da China é o desenvolvimento de infraestrutura digital e inovação tecnológica, além do fortalecimento da indústria digital. Com isso, a expectativa é de fortalecimento de políticas públicas, coordenação em foros internacionais e a realização de encontros técnicos. O memorando foi previamente assinado pela China.
A Administração Nacional de Dados da China apoia iniciativas de cidades inteligentes e desenvolve a infraestrutura digital. O órgão chinês tem a responsabilidade de criar sistemas e padrões para a economia digital do país. Suas funções incluem integrar, compartilhar, desenvolver e aplicar recursos de dados. A entidade já tem memorandos assinados com Peru, Uruguai, Chile, Paquistão e Vietnã.
Os memorandos de entendimento são resultado da missão do Ministério das Comunicações ao país asiático no mês passado para abrir oportunidades comerciais e tecnológicas e buscar investimento no Brasil. A ida à China promoveu a discussão entre os dois países sobre o mercado de telefonia, satélite e as prioridades do Brasil para a reunião dos Brics no ano que vem.
Diplomacia
O presidente da China, Xi Jinping, está no Brasil participando da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro. No ano passado, o presidente Lula foi recebido pelo líder chinês em Pequim. Na ocasião, os dois países assinaram mais de 20 acordos em diferentes áreas, como agricultura, meio ambiente e ciência e tecnologia.
Em 2024, celebra-se os 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China. A China é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e no Brics, o grupo dos grandes países em desenvolvimento.
“Este ano comemoramos 50 anos de relações diplomáticas. Tempo de refletir sobre o passado e projetar novas ações para o futuro. E o futuro deve ser sustentável, tecnológico, conectado e industrial. O desafio é o de levar a relação bilateral a um novo patamar, que conecte nossas agendas prioritárias para além dos aspectos comerciais, como a transição energética, a inovação, a conectividade, o desenvolvimento industrial e o crescimento inclusivo e sustentável”, defendeu Juscelino Filho.
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