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Influenciadora Adriana

Uma testemunha ouvida pela Polícia Militar do Maranhão na segunda-feira (24) relatou ter escutado vozes altas seguidas de disparos de arma de fogo na casa da influenciadora digital Adriana Oliveira, assassinada a tiros em Santa Luzia, no dia 15 de março.

A testemunha afirmou em depoimento ter ouvido um disparo de arma de fogo, seguido por uma voz feminina, que seria de Adriana, perguntando: "Mas amor, por que tão fazendo isso comigo?", e, em seguida, mais três disparos. Depois, ouviu uma voz masculina vindo de dentro da casa, dizendo: “Ó meu Deus, ó meu Deus”.

Testemunha relata ter ouvido disparos que mataram influenciadora em Santa Luzia

O comandante da Polícia Militar de Santa Luzia, Capitão Lucas Protásio, confirmou as informações prestadas pela testemunha, que se apresentou espontaneamente à polícia.

"Uma testemunha nos procurou, informou que é um dos vizinhos da vítima e que, no dia do crime, escutou vozes altas e, posteriormente, um disparo de arma de fogo. Depois, escutou uma voz feminina falando: 'mas amor, por que tão fazendo isso comigo?' Depois, passaram alguns segundos e ele escutou três estampidos de arma de fogo e uma voz masculina vindo de dentro da casa, falando: 'ó meu Deus, ó meu Deus'. Depois de alguns minutos, já escutou várias pessoas na residência, que foi quando todo mundo já ficou sabendo", relatou o capitão da PMMA.

Além disso, no fim de semana, outro homem que inicialmente se apresentou como testemunha passou a ser considerado suspeito. Ele havia afirmado não conhecer o sogro de Adriana, mas a polícia confirmou que havia uma ligação entre eles. O homem foi liberado após prestar novo depoimento.

Trechos de áudios enviados pela influenciadora a pessoas próximas mostram medo e desconfiança da vítima após uma visita feita pelo sogro à casa dela, dias antes do crime.

Nos trechos, Adriana relata que o sogro dela, conhecido como Antônio do Zico, foi até sua casa acompanhado de um homem desconhecido para olhar um caminhão estacionado próximo a casa da influenciadora. Segundo a vítima, o sogro não teria falado com ela e, ao ver ele acompanhado do homem, ela conta que achou que o sogro havia levado "um capanga para matar ela", diz Adriana em um trecho do áudio.

"Ele [o sogro] não falou comigo primeiro, parou lá perto do caminhão. Ai desceu um homem mais com ele. Aí eu falei 'pronto, trouxe um capanga para me matar mesmo'. Os dois ficaram arrodeando o caminhão, mas muito desconfiado os dois, 'fia'", relata Adriana.

Em outro trecho, a influenciadora diz ter ficado com medo da atitude suspeita e, por isso, teria se trancado dentro de casa. Adriana Oliveira também alega que achou que o sogro e o homem estariam checando se havia câmeras de segurança no muro da casa onde ela vivia.

"Eu tô até agora presa aqui dentro de casa porque eu não achei, eu não achei, assim, que foi só pra ver o caminhão, não. Ele desceu, e eu, para mim, filha, acho que ele estava 'curiando' se tinha câmera olhando o muro", disse a influenciadora em outro trecho.

Desde o domingo (16), o marido de Adriana, Valdiley Paixão Campos e o sogro dela, conhecido como Antônio do Zico, foram presos pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento no crime. O caso segue sendo investigado pela polícia, que trabalha para identificar quem efetuou os disparos contra a vítima e se há outras pessoas envolvidas no crime, além da motivação.

 Com informações de G1

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