Os presidentes de Câmaras de Vereadores estão assombrados com o TCE/MA
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Presidentes de Câmaras de Vereadores firmam pacto para diminuir reprovação de contas no TCE/MA
Proposta foi feita pelo
presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo, e prevê realização
de concurso para contador e advogados.
Presidentes de Câmaras de
Vereadores de todo o Estado celebraram ontem, durante o 2º Encontro de
Presidentes de Câmaras Municipais do Maranhão, um pacto tripartite - com a
Assembleia Legislativa do Maranhão e o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MA) -
com foco em um objetivo comum: reduzir o elevado índice de reprovação de
prestações de contas dos Legislativos municipais maranhenses.
A proposta do pacto,
formulada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo
(PMDB), foi aprovada por aclamação e contém quatro itens: realização de
concurso público para que cada Câmara Municipal possa contratar um contador e
um advogado; realização de cursos de pequena duração sobre os principais
motivos de rejeição das prestações de contas; remessa preliminar das prestações
de contas para a Assembleia Legislativa e prestação de contas quadrimestral de
cada Câmara, para facilitar o controle da gestão.
Continua...
A questão das prestações de
contas encaminhadas pelas Câmaras Municipais ao TCE/MA predominou os debates da
segunda edição do Encontro porque, segundo dados do TCE/MA, mais de 70% das
contas das Câmaras Municipais do Maranhão são rejeitadas pelo órgão julgador.
"Estamos hoje aqui
reunidos para mais um compromisso, desta vez para se buscar soluções para a
preocupante problemática das prestações de contas, que têm ocasionado a
inelegibilidade de um expressivo número de gestores públicos, especialmente
presidentes de Câmaras Municipais", afirmou Arnaldo Melo. Ele frisou que,
para mais este encontro, a Assembleia Legislativa contou com apoio integral do
Tribunal de Contas do Estado, especialmente na pessoa do presidente do TCE,
conselheiro Edmar Cutrim.
Durante o encerramento do
evento, Arnaldo Melo salientou também que a Assembleia Legislativa agiu
acertadamente ao criar o Núcleo de Apoio aos Legisladores Municipais do
Maranhão, com a função institucional de promover a interlocução entre o Legislativo
estadual e o universo das 217 Câmaras e os 2.372 vereadores do Maranhão.
"Em nossa democracia,
todos os mandatários políticos são eleitos pelo povo. Mas só os deputados e os
vereadores têm o privilégio de representar o povo, e em seu nome agir no
desempenho de seus mandatos", assinalou Arnaldo Melo.
Ele encerrou o encontro
agradecendo a presença dos presidentes de Câmaras Municipais e também com um
agradecimento especial ao Tribunal de Contas do Estado, que deu apoio
institucional ao evento.
Contas têm trâmite antes de
parecer
Com o Auditório Fernando
Falcão completamente lotado, além dos presidentes de Câmaras, o evento da
Assemnbleia contou com a presença da maioria dos 42 deputados estaduais. A
segunda edição do encontro também promoveu palestras que orientaram os
legisladores sobre prestações de contas.
O conselheiro do Tribunal de
Contas do Estado, Caldas Furtado, abriu o ciclo de palestras abordando o tema O
julgamento dos Tribunais de Contas e sua influência na inelegibilidade do
gestor público.
"Ao contrário do que
muitos pensam, a prestação de contas, para ser reprovada ou aprovada, não é
analisada somente pelo TCE. Existe todo um processo onde a conta é encaminhada
a um corpo técnico, que irá analisar possíveis falhas e irregularidades, depois
é levada ao relator. Antes de voltar para o corpo técnico, o gestor que enviou
a conta ainda tem o direito de contestar o resultado. Depois de contestado,
volta para o técnico, depois é levado ao Ministério Público para, enfim, o
corpo técnico dar o último parecer", explicou o conselheiro, ressaltando
que é essencial que o gestor acompanhe todo o processo.
Mais
O procurador de Contas do
Tribunal de Contas do Estado (TCE/MA), Jairo Cavalcanti, também proferiu
palestra com orientações para que os presidentes de Câmaras Municipais não
tenham suas prestações de contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Ele apontou as falhas mais comuns do processo de prestação de contas. Jairo
Cavalcanti frisou que todos os presidentes de Câmaras dos 217 municípios do
Maranhão são obrigados a prestar contas e a submeter os atos de gestão ao
TCE/MA.
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