Mulher está algemada a um banco no corredor - Delegacia não tem cela para mulheres
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A falta de um presidio
feminino no interior do estado do Maranhão, ou de celas femininas nas
delegacias regionais tem criado situações vexatórias de claro atentado aos
direitos humanos e a Constituição Federal, e que deve receber a atenção do
Ministério Publico. Um caso registrado nesta quarta-feira (26), no município de
Codó, mostra bem esta triste e dura realidade:
Uma mulher de 29 anos de
idade, está algemada a um banco no corredor da delegacia Regional de Codó, há
vários dias. Clenúbia de Souza, de 29 anos, foi presa com o seu companheiro,
Juscelino Borges da Silva. Segundo a polícia, os dois foram encontrados com 14
pedras de crack e já estão com a prisão preventiva decretada pela Justiça. O
homem foi mandado para uma cela, mas ela nunca saiu do corredor da regional.
Desde então está algemada.
A suspeita disse que teria
dormido duas noites no chão, praticamente na mesma posição. Para fazer suas
necessidades fisiológicas, ela precisa ser acompanhada por carcereiros até o
banheiro. O fato expõe um grave problema do sistema carcerário na região:
nenhuma das quatro cidades que integram a chamada Regional Codó possui celas
femininas.
Antes, todas as presas eram
transferidas para a delegacia de Coroatá, que foi destruída por um incêndio
provocado pelos presos em 22 de fevereiro no ano passado. Sem alternativas, as
detidas ficam esperando por vagas em presídios de outras cidades.
Segundo o delegado regional
de Codó, Rômulo Vasconcelos, Clenúbia espera por uma vaga no Presídio Feminino
de São Luís. “Nós não temos celas femininas em Codó e estamos esperando que
essa vaga seja aberta em São Luís”, concluiu.
Com informações do G1
Maranhão/Abimael Costa
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