Municípios maranhenses avaliados obtém nota zero em índice que mede transparência pública
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Em
comemoração aos três anos de vigência da Lei de Acesso à Informação, no dia 16
de maio, a Controladoria-Geral da União (CGU) lançou, na manhã desta
sexta-feira (15), em Brasília, o índice que mede a transparência pública em
estados e municípios brasileiros. É a Escala Brasil Transparente (EBT),
metodologia criada pela Controladoria para avaliar o grau de cumprimento às
normas de Lei de Acesso (Lei 12.527/2011).
No
total, foram analisados 492 municípios com até 50 mil habitantes, incluindo
todas capitais, além dos 26 estados e do Distrito Federal. Todos os entes
avaliados receberam uma nota de 0 a 10 pontos, calculada pela soma de dois
critérios: regulamentação da Lei de Acesso (25%) e efetiva existência e atuação
do Serviço de Informação ao Cidadão (75%). A ideia da metodologia é refletir
sobre o cenário de transparência em todo o Brasil.
Continua...
A
criação de uma nota gerou um ranking dos entes avaliados. Segundo a escala, os
estados do Ceará e de São Paulo são os mais transparentes do país, ambos com
nota máxima. Eles são seguidos do Paraná, de Sergipe, de Santa Catarina e do
Rio Grande do Sul, com notas 9,72; 9,31; 9,17 e 9,17, respectivamente. Em
contrapartida, Amapá e Rio Grande do Norte figuram no final da lista com notas
zero.
Em
âmbito municipal, Apiúna (SC) e São Paulo (SP) receberam nota dez. Contudo, 63%
dos municípios avaliados tiraram nota zero e cerca de 23%, entre um e dois.
Apenas sete municípios, tiraram notas entre nove e dez (1,4%), sendo cinco da
região sul. No caso das capitais, os três mais transparentes foram São Paulo
(SP), Curitiba (PR) e Brasília (DF), com notas 10; 9,31; e 8,89,
respectivamente. Macapá (PA), Porto Velho (RO) e São Luís (MA) não pontuaram.
Os
entes que tiraram nota baixa e tiverem dificuldades na implementação da Lei de
Acesso podem entrar em contato com a Controladoria para pedir auxílio ao órgão
pelo Programa Brasil Transparente. Criado em 2013, o programa ajuda estados e
municípios na aplicação de medidas de transparência, a partir de capacitações,
distribuição de material, apoio no desenvolvimento dos Portais da Transparência
locais e cessão do código-fonte do Serviço Eletrônico de Serviço de Informação
ao Cidadão (e-SIC).
Com
o resultado da EBT, a CGU visa aprofundar o monitoramento da transparência
pública e gerar um acompanhamento das ações realizadas por estados e
municípios. Ainda no 2º semestre deste ano, a Controladoria pretende realizar
nova avaliação da EBT. A expectativa é ampliar a amostra e também permitir a
inscrição para os municípios que queiram ser avaliados pela CGU.
Métrica
O
diferencial da metodologia criada pela CGU é a verificação da efetividade da
Lei de Acesso, pois foram feitas solicitações reais de acesso à informação em
diversas áreas de governo, a fim de verificar o desempenho e o cumprimento às
normas legais. Dessa forma, a métrica primou pela efetividade dos pedidos de
acesso (transparência passiva).
A
amostra foi obtida a partir de uma seleção aleatória para os municípios com até
50 mil habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) de 2014. A avaliação ocorreu apenas no Poder Executivo do
ente. Foi reservado um percentual aproximado de 9% para municípios de cada estado.
Também foram incluídas na amostra todas as capitais, bem como todos os estados
e o Distrito Federal.
Blog
do Garreto
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