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No 20º dia após os primeiros casos, Itália tinha 3 diagnósticos confirmados; Brasil soma 291 confirmações

Vinte dias após o primeiro paciente receber o diagnóstico de Covid-19 no Brasil, o país contabiliza 291 casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus.

Para comparação, no 20º dia após seus primeiros casos, Itália e Espanha tinham, respectivamente, 3 e 2 diagnósticos confirmados.

Especula-se que, por falhas em hospital de Milão, o salto da Itália foi rápido. Em 23 dias já eram 155 casos e três mortes; entre o 29º e o 30º dias, a epidemia explodiu e foram registrados mais de mil casos e 29 mortes. Hoje já há mais de 31 mil pessoas com Covid-19. Já a Espanha tem mais de 11 mil infecções confirmadas.

O vírus foi identificado somente no dia 7 de janeiro, e só após o dia 21 de janeiro, quando havia mais de 500 casos, é que os dados chineses começaram a ser sistematicamente disponibilizados.

No Brasil, que tem 209 milhões de habitantes, o número de testes realizados (entre suspeitos, confirmados e descartados) até esta terça (17) é de cerca de 11 mil, segundo o Ministério da Saúde. O teste tem sido feito apenas em pacientes mais graves.

A Fiocruz está aumentando a produção de kits diagnósticos para suprir a necessidade do sistema público do país.

Até agora, cerca de 20 mil kits foram disponibilizados. O Ministério da Saúde disse que avaliaria a sugestão da Organização Mundial da Saúde de ampliar a testagem, apesar do custo —cada exame custa mais de R$ 100— e da necessidade de importação dos insumos. O setor privado também aumenta sua produção.

Um artigo publicado nesta semana na revista médica Jama argumenta que países de renda baixa e média (categoria na qual está o Brasil) podem ter maiores dificuldades para lidar com a pandemia.

A recomendação é que o diagnóstico clínico seja feito caso testes moleculares não sejam possíveis. Outra preocupação é manter altos os estoques de medicamentos e outros itens necessários em internações, como respiradores.

Os EUA também tinham menos casos que o Brasil em seu 20º dia —apenas 13—, mas o baixo número de testes pode ajudar a explicar.

Desde que começaram a circular as primeiras notícias sobre o vírus, no fim de janeiro, americanos encontram dificuldade para fazer o exame em diversas cidades do país.

As autoridades de saúde têm priorizado até agora pessoas que com os principais sintomas (febre e tosse seca) e que estiveram em contato direto com pacientes com diagnóstico.

Os problemas vão desde escassez no número de testes e material disponíveis até a morosidade dos protocolos.

Nenhum outro país, porém, teve um início de surto tão ruim quanto o Irã, que anunciou duas mortes já no primeiro dia de epidemia.

A falta de estrutura do sistema de saúde e até de material estão na raiz do problema. O país não impôs quarentenas e as autoridades de saúde têm entrado em conflito com as religiosas.

Até agora, o governo brasileiro Brasil não adotou medidas muito drásticas —o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta terça-feira (17) que vai fechar a fronteira do Brasil apenas com a Venezuela.

Além disso, o isolamento para viajantes, de sete dias, só é recomendado para pessoas com diagnóstico confirmado e contatos próximos.

Fonte: Folha de S. Paulo
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4 Comentários

  1. E boca loca no Brasil com certeza já tem e milhares. Em nossa região do médio Mearim deveriam proibir por algum tempo esse ônibus clandestino que vem das áreas de risco como são Paulo e rio de janeiro.

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  2. Kleverland Felizardo Oliveira18 de março de 2020 às 11:21

    Matéria tendenciosa que como inúmeras outras não ajuda e só trás medo a população. O Brasil é milhares de vezes maior que a Itália em território acho que lá não é nem do tamanho do Maranhão, e milhões de vezes maior em população. É claro que vai apresentar mais casos confirmados que lá. Lógica simples

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  3. Deus proteja todos nós !

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  4. Eu ainda não entendi o porquê que os norte americanos puseram um apelido no nosso presidente de PATETA , eles deveriam respeitar o nosso CAPITÃO.

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