Cheia do Rio Mearim prejudica vendas do comércio de Pedreiras em 80%
O nível do Rio Mearim está há vários dias acima de 9 metros, só perdendo para a enchente de 2009. Lojas enfrentam menor movimento desde a pandemia
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Avenida Rio Branco, às 9h desta sexta-feira, sem a costumeira presença de clientes |
Depois de cinco dias convivendo com a enchente, que prejudicou a principais entradas viárias da cidade, o comércio de Pedreiras passou a amargar prejuízos que podem chegar a 80% das vendas.
Por se tratar de uma cidade polo do Médio Mearim, o comércio de Pedreiras vive da movimentação de clientes vindos de cidades da região. Porém, com as chuvas e as enchentes, as estradas que dão acesso à Pedreiras foram comprometidas. A região do Cuscuz de Trizidela do Vale, que dá acesso a ponte Francisco Sá, segue completamente alagada; e o problema do rompimento da ponte do Quebra-Anzol (Lima Campos), que dá acesso à Pedreiras pela MA-122. Estima-se que milhares de pessoas que costumam fazer compras no comércio de Pedreiras, resolver problemas bancários, de saúde, etc, estão impedidas de virem à cidade por conta dessas dificuldades.
Nossa reportagem, nesta manhã de sexta-feira (24), visitou a Avenida Rio Branco e comprovou o fraco movimento de clientes no principal centro comercial da cidade. Calçadas e lojas vazias, vendedores conversando entre si são uma amostra que as vendas despencaram em consequências das chuvas.
“Eu tenho duas lojas em Pedreiras e desde que começou a enchente do Rio, as estradas foram interrompidas, a movimentação nessas minhas lojas caíram cerca de 80%. Nós estamos vendendo apenas 20% do que costumávamos vender diariamente. As lojas seguem abertas, os funcionários estão vindo, mas por conta do pouco movimento estamos dispensando-os mais cedo”, reclamou um comerciante.
Em conversas com o dono de uma importante clínica
particular, ele relatou que desde que implantou a unidade em Pedreiras não
tinha observado um movimento de cliente tão fraco como foi registrado nesta
semana. “Hoje, quase não recebemos clientes”, lamenta.
Vídeo da Avenida Rio Branco
Neto, Gerente da Loja Noroeste de Pedreiras, afirma que o atual movimento fraco do comércio lembra o período da pandemia da Covid-19.
"Esse mês de março lembra o março de 2021, que aconteceu a onda da pandemia do coronavírus, gerando uma situação calamitosa que atrapalhou a economia. Infelizmente, agora, a situação não está fácil, mas vamos manter o foco e a fé, não vamos baixar a cabeça pois as coisas irão melhorar."
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Neto, gerente da Loja Noroeste de Pedreiras |
O gerente de uma das lojas mais movimentada da cidade torce para que as chuvas se normalizem e os clientes das cidades vizinhas tenham condições de voltarem a frequentar o comércio de Pedreiras.
"Infelizmente, a situação não é das melhores. A gente
vê claramente que s economia dos municípios de Pedreiras e Trizidela do Vale
estão bastante afetadas uma vez que essa enchente não afeta apenas nossas
cidades, mas a circunvizinhança toda. Moradores das proximidades ficam com
dificuldade de ter acesso a nossa área seja pelas vias de Lima Campos,
Trizidela do Vale ou Joselândia. Mas enfim, vamos pedir a Deus que esse momento
passe, sabemos que não é fácil, e que Ele dê uma trégua nessas chuvas para
normalizar a situação e tudo volte ao normal"
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Com as enchentes, o fluxo de clientes diminiu consideravelmente nas lojas de Pedreiras |
As lojas pequenas e com preços populares também estão
sofrendo.
“Aqui, não aparece um filho de Deus para comprar,” brincou Geiciane, vendedora de uma loja de roupa, confirmando que a queda nas vendas foi geral.
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Lojas populares como Baratão do 30 tamém foram afetadas |
O blog ouviu representantes da ACIAP e Sindlojas, que representam o comércio da cidade. A entidade que cuida dos interesses dos associados, comerciantes e empresários, confirma a queda drásticas nas vendas e recomenda empatias a todos, já que a situação de famílias desabrigadas requer mais atenção e cuidados. Os diretores recomendam cautelas aos associados para evitar demissões e compreensão aos bancos e demais credores. O momento é de união e os empresários tem obrigações a cumprirem, como pagar os salários dos funcionários até dia 5 de cada mês, independente do movimento das vendas.
E se vendas de Pedreiras caíram cerca de 80%, a situação
para os empresários e comerciante do outro lado do rio foi muito pior. As
vendas das lojas no centro comercial de Trizidela do Vale parou 100%, mas isso
é assunto para uma nova reportagem.
Mais registros fotog´raficos realizado nesta sexta-feira.
4 Comentários
Deveriam cobrar uma solução do governador safado desse Maranhão. mas só sabem baixar a cabeça e lamentar
ResponderExcluirE você já gravou seu vídeo fazendo suas reclamações ?
ExcluirAs fortes chuvas tao parando e tudo. Nimguem vendi nada. Comercio tudo morto. O negocio acocha o cinto. Espera o verão
ResponderExcluirnao admiro o atual governo mas nesse caso nao ha muito oque fazer
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