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Genoino renuncia ao mandato na Câmara para evitar cassação

Condenado e preso no julgamento do mensalão, o deputado licenciado José Genoino (PT-SP) renunciou nesta terça-feira (3) ao mandato. A decisão foi informada pelo vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-RS), durante a reunião da cúpula da Câmara que discutia a abertura do processo de cassação.

A carta de renúncia (leia íntegra abaixo) foi lida em plenário pelo deputado Amauri Teixeira (PT-BA). A saída será publicada amanhã no "Diário Oficial" da Câmara.

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A reunião começou tensa com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), propondo a abertura da cassação. Vargas tomou a palavra e defendeu que um parlamentar licenciado não poderia ser alvo de um processo de perda de mandato.

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Petistas chegaram a discutir numa reunião reservada a estratégia para a reunião e elaboraram um parecer apontando que nenhum trabalhador pode ser processado durante a licença. O texto foi derrubado pela Secretaria-Geral da Mesa que argumentou que um parlamentar não se enquadra nas regras dos trabalhadores.

Após a fala de Vargas, o pedido de abertura do processo começou a ser votado. Foram favoráveis: Márcio Bittar (PSDB-AC), Fábio Faria (PSD-RN), Simão Sessim (PP-RJ). Vargas foi acompanhado do outro petista da mesa deputado Antonio Carlos Biffi (MS). Antes que Maurício Quintella (PR-AL) votassem, o vice-presidente interrompeu a discussão do processo e perguntou como votaria o presidente da Casa. Eduardo Alves informou que seria favorável e Vargas entregou a carta de renúncia.

Na carta de renúncia, o petista reiterou diversa vezes que é inocente e afirmou que está é uma "breve pausa nessa luta, que representa o início de uma nova batalha, dentre as tantas que assumi ao longo da vida". Ele ainda critica o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que confirmou um esquema de desvio de recursos públicos para abastecer a compra de apoio político no início do governo Lula. Presidente do PT na época do escândalo, Genoino foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão pelos crimes do mensalão.



 Folha de São Paulo
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