Compartilhe essa Notícia:

Pais ganharam na Justiça direito ao tratamento em hospital particular de SP.

Procuradoria do Estado maranhense quer transferência para o SUS.

Os pais do recém-nascido que aguarda cirurgia cardíaca no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, não imaginavam que viveriam o drama de ver o filho lutar pela vida. Com um mês de vida, o pequeno "Dudu" foi diagnosticado com Tetralogia de Fallot (T4F), doença caracterizada pela má-formação cardíaca. Como não há tratamento no Maranhão, os pais ajuizaram ação na Justiça pedindo que o Estado pagasse o tratamento em outro lugar.
  
Antes de sair a decisão, o casal viajou com o filho para o Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo (SP), que é especialista em casos do tipo. "A criança nasce só o lado direito do coração. Fica faltando então o lado esquerdo com as válvulas. Ele passou pela primeira etapa, está numa situação que nós consideramos ainda muito grave. Mas depois ela vai ter que passar por outras duas cirurgias, uma com quatro meses e outra com dois anos de idade", explica o médico José Pedro da Silva.
Pais da criança conversa sobre o drama do filho 

Saiba mais


"Cada dia aqui é uma vitória. Cada dia que nosso filho fica vivo, lutando, é uma vitória", desabafa o pai.

Neste mês, o juiz Marco Adriano Ramos Fonsêca, titular da 1ª Vara da Comarca de Pedreiras (MA), condenou o Estado ao pagamento das despesas referentes à cirurgia cardíaca à qual a criança deve ser submetida.

Continua...

O bebê já está no hospital há 20 dias. Passou pela primeira cirurgia, mas vai precisar ficar pelo menos mais dois meses internado para se recuperar. Os médicos dizem que se a criança tiver que ser transferida, as chances de morte aumentarão.

"Se ele for transferido, se for uma viagem longe, ele corre o risco de morrer na viagem. Até de pegar uma ambulância porque as condições que estão hoje, qualquer modificação pode desequilibrar e a chance de morrer é muito grande", garante o médico.

Estado quer transferência para o SUS

Mesmo com o parecer do médico sobre o risco, o Estado do Maranhão recorreu à Justiça para tirar a criança do hospital onde está e transferi-la para a rede pública. Na ação, o governo diz que o custo do tratamento é alto e que o dinheiro estaria servindo para "financiar riqueza sem justa causa para uma pessoa só".

Entre os argumentos, está o caso recente de um bebê com o mesmo problema que foi tratado no mesmo hospital e que rendeu o que foi chamado de uma "conta para o poder público" que teria ultrapassado os R$ 2 milhões.

Os procuradores do Estado pedem que a liminar que garante o tratamento ao bebê seja derrubada porque classificam a situação como "de extremo gasto público".

"Na realidade, nós não recorremos para abandonar ou para que seja feito um retorno à causa inicial. Na realidade, o Estado, ele existe para servir às pessoas e essa é nossa missão aqui. Exatamente por isso é que nós estamos recorrendo apenas para que a criança, logo após ela estar estável depois da cirurgia, ela passe para o leito do SUS, porque aí você teria uma economia dos recursos que são muito grandes e que estão sendo dispensados para o Beneficência. O custo é muito e hoje, no Brasil, nós, do sistema público de saúde, temos que fazer uma 'para-economia' para essa questão da judicialização", argumenta o secretário de saúde do Maranhão Marcos Pacheco.

O advogado da família, que também tio da criança, tem dedicado as últimas semanas exclusivamente para tentar manter o atendimento em São Paulo. "Se a liminar for derrubada, se perde o objeto da ação, que é a vida da criança", explica Ruterran Martins.

Pai da criança

"Ninguém aqui tá pendido um favor. Isso é um direito que é assegurando a nós. É um direito constitucional", diz o pai. "Eu sei que ele sendo transferido, só Deus sabe o que pode acontecer", lamenta a mãe. "Nós estamos falando de uma vida. A constituição garante que a vida, independente de qualquer coisa tem que ser priorizada", acrescenta Luís Eduardo.

Mãe da criança
Na casa da família em São Luís, os avós torcem pela recuperação do bebê apreensivos e revelam o medo do resultado da "briga judicial".

"Quem é humano jamais deixaria que um bebê desse que está lutando pela vida dele, sair de onde ele está. Tendo todos os procedimentos cabíveis para ele tentar viver. Eu apelo às autoridades que dêem a chance ao meu neto de viver", pede a avó.

⬇️⬇️ COMENTE AQUI ⬇️⬇️

6 Comentários

  1. Indignação .

    Enquanto o estado gasta milhões e até bilhões com a corrupção,querem tirar o direito de viver que esta criança tem. Será se fosse filho de um poítico qualquer, haveria tamanhos questionamentos ?. Será se o SUS tem mesmo condições de dá suporte a esta crinaça?

    ResponderExcluir
  2. Como pode o estado do maranhão por meio da procuradoria estadual recorrer da decisão da justiça que tenta garantir a saúde de uma criança em estado grave. è muito triste uma coisa dessa acontecendo nesse pedaço do mundo.

    ResponderExcluir
  3. A verdade é que o estado priorizar os recursos financeiros ao invés da vida de uma criança. Deus não vai fechar os para esse bebê.

    ResponderExcluir
  4. meu Deus que desumano uma vida é prioridade especialmente de uma criança cade os direitos que as crianças tem especialmente de viver este governo esta mostrando quem ele é de verdade mas se fosse pra um filho ou neto dele ele metia a mão nos recursos do Estado sem permissão de niguém esta um governo pessimo na saúde fechando todos hospitais e obras o povo que morra amingua e agora negando a vida de uma criança acabou o resto do Maranhão.

    ResponderExcluir
  5. A reportagem acima está equivocada pois o Estado não recorreu ou agravou a decisão do Juiz de Pedreiras. Além do mais Pedro já foi operado e esta se recuperando muito bem
    O que circula nas redes sociais é em relação ao menino Eduardo de São Luís. Que já foi submetido a uma cirurgia mais que vai precisar de outras cirurgias e o estado agravou no TJMA. Vamos pelo menos pesquisar antes de divulgar alguma noticia ta ficando chato informações equivocadas por este blog

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Percebemos o equívocos, mas isso acontece, ainda mais que o Dr. Marcos foi citado na matéria; e vc não é obrigado a ler Blog do Carlinhos, ganha mais continuando limpando o chão por onde o juiz passar ou assistindo tuas novelas. Q são as nicas coisas q vc faz

      Excluir